NOTÍCIAS
FELÍCIO ROCHO
A equipe de Cuidados Paliativos atua de maneira multiprofissional em saúde, o que promove uma abordagem diferenciada a pacientes e familiares com doenças que ameaçam a vida, proporcionando qualidade de vida e controle dos sintomas físicos, mentais e até mesmo emocionais.
Cuidados paliativos reafirmam a vida. Há um mito de que são indicados só para quem tem doenças sem cura e terminais. Na verdade, representam uma proposta em que o ser humano é olhado na sua totalidade e não na fragmentação dos sistemas do corpo humano. É visto como uma pessoa e não como uma doença. Diferente do seu uso de forma coloquial hoje, similar a “gambiarra”, a origem da palavra paliativo é “proteção”.
O Hospital Felício Rocho foi pioneiro, em Minas Gerais, na implantação de uma equipe de Cuidados Paliativos totalmente especializada, composta por médicos, enfermeiros e psicólogos com ampla experiência no atendimento ao paciente. O Hospital oferece, há 6 anos, o cuidado especializado, juntamente às demais equipes do Hospital, na modalidade de interconsultores.
Confira as dúvidas, os mitos e as verdades sobre os Cuidados Paliativos.
- Quais são os médicos e especialidades envolvidos nesse processo?
É uma área de atuação na área da saúde. Os médicos são especialistas (fizeram alguma forma de pós-graduação médica em Medicina Paliativa, como residência ou especialização), bem como os profissionais de saúde como enfermeiros e psicólogos, que realizam pós-graduação nessa área. Hoje, a equipe do HFR conta com essas três especialidades (medicina, psicologia e enfermagem), mas todos os profissionais de saúde (fisioterapia,fonoaudiologia, terapia ocupacional, serviço social) podem se capacitar e especializar em Cuidados Paliativos.
- Os cuidados paliativos tem políticas de apoio às famílias também?
Cuidados Paliativos são para a família também. Em sua biografia, a família conta como uma parte importante da vida e por conceito, não pode ser excluída da abordagem. Nós cuidamos do paciente e também de sua família, entendendo que um é a extensão do outro, e quando um sofre, gera impacto no outro. Só podemos ter sucesso quando unimos a abordagem aos dois, afinal, é uma aborgem física, social, espiritural, psíquica e emocional.
- Cuidados paliativos são para pacientes que estão no fim da vida?
MITO! Reafirmamos a vida e vemos a morte como algo natural do processo de viver, dentro da biografia de cada ser humano. Existem pacientes em cuidados paliativos que vivem por décadas. É para pacientes com doenças graves, não somente aqueles em fim de vida.
- O tratamento termina quando os cuidados paliativos começam?
MITO! Os cuidados paliativos podem começar junto com o diagnóstico de uma doença grave, inclusive, de forma precoce. Há sempre tratamento para o que o incomoda, como a dor, a falta de ar, o sofrimento.
- Cuidados paliativos são uma sentença de morte?
De forma alguma. Quando uma doença gera impacto na capacidade de viver a vida com autonomia, os cuidados paliativos trabalham arduamente para tentar controlar os sintomas dessa doença, que geram essa incapacidade. Não adiamos, nem adiantamos nenhum processo da vida ou da morte. Buscamos oferecer vida, qualidade e dignidade aos pacientes. Em alguns casos, a atuação da equipe pode até mesmo permitir maior tempo de vida ao paciente.
- Cuidados paliativos são oferecidos apenas dentro doHospital?
Pela equipe do HFR, sim! No hospital, com o paciente internado, e para o paciente atendido no ambulatório de oncologia do SUS. Entretanto, a abordagem de Cuidados Paliativos pode e deve ser oferecida em qualquer nível de atendimento, desde o domicílio, na atenção primária, até o hospital em todos seus setores.
- Cuidados paliativos envolvem psicologia?
VERDADE! O ser humano não pode ser dividido em físico e psíquico. Como tratamos o ser humano como um todo, o psicólogo especialista entra para ajudar o paciente que apresenta algum ponto a ser tratado no emocional e psíquico.
- Cuidados paliativos são apenas para pacientes oncológicos?
MITO! Pacientes que tem acometimentos graves de qualquer área podem receber cuidados paliativos, como por exemplo: demências (Alzheimer, Parnkinson eoutras), insuficiência cardíaca, insuficiência renal, cirrose grave, doençasneurológicas como esclerose lateral amiotrófica (ELA) e várias outras. Todas elas, em estado inicial ou não.
Referência Técnica: Silvia Caroline Fernandes Baeta Neves - Enfermeira
Use protetor solar, chapéus, óculos com proteção UV, roupas adequadas e evite exposição ao sol entre 10h e 16h.
A voz é um dos instrumentos mais poderosos de comunicação e uma das características que mais diferenciam as pessoas.
Campanha reforça a importância do diagnóstico precoce e dos cuidados com a saúde masculina.