O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, 26 de abril, instituído pela Lei nº 10.439/2002, e o Dia Mundial de Hipertensão,17 de maio, têm o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo e tratamento da doença, e reforçam a adoção de hábitos saudáveis de vida, para prevenir as principais complicações da doença, como o infarto do miocárdio, AVC e doença renal. 

A hipertensão arterial é uma doença crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão arterial, igual ou superior a 140/90 mmHg, popularmente conhecida como 14/9, e engloba fatores genéticos, ambientais e sociais. Trata-se do principal fator de risco modificável para doenças cardiovasculares, doença renal crônica e morte prematura. Outros fatores, como diabetes, obesidade e colesterol alto, podem contribuir para o agravamento das doenças do coração e dos rins.

Cerca de um terço da população brasileira adulta é hipertensa. A taxa de mortalidade por hipertensão arterial no Brasil atingiu o maior valor nos últimos dez anos, com a ocorrência de 18,7 óbitos por 100 mil habitantes em 2021. Esse levantamento considera a base de dados final do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) para o ano de 2021, pelo Ministério da Saúde.

Os principais sintomas são dor de cabeça frequente, alterações na visão, tontura, palpitações e falta de ar, mas geralmente a hipertensão evolui de forma silenciosa, sendo importante medir a pressão arterial regularmente. O diagnóstico da hipertensão muitas vezes é feito em uma fase tardia da doença, quando já existe acometimento de órgãos como coração, cérebro, rins e vasos.

O desenvolvimento da hipertensão pode estar relacionado ao histórico familiar, estresse, envelhecimento, obesidade, consumo excessivo de sal e hábitos alimentares não adequados.

Alguns fatores psicossociais, como estresse, depressão, ansiedade, hostilidade, baixo nível socioeconômico e cultural, aumentam o risco para hipertensão arterial e, consequentemente, para doenças cardiovasculares.

Na maioria dos casos, a hipertensão não tem cura, mas pode ser controlada. A adoção de um estilo de vida mais saudável, com redução do consumo de sal, prática regular de atividade física, abandono do tabagismo, mudança de hábitos alimentares e moderação no consumo de bebidas alcoólicas, permite o controle da pressão arterial ou até mesmo colabora na redução dos medicamentos utilizados para seu controle.

As principais complicações da hipertensão são infarto do miocárdio, doença renal crônica, insuficiência cardíaca, arritmias cardíacas e acidente vascular encefálico, também conhecido como derrame cerebral.

Para a prevenção e controle da hipertensão, recomendamos:

• Manter um peso adequado;

• Adotar hábitos alimentares saudáveis;

• Reduzir o consumo de sal, optando por temperos que realcem o sabor natural dos alimentos;

• Manter uma rotina consistente de atividade física;

• Abandonar o hábito de fumar;

• Consumir álcool com moderação;

• Evitar alimentos gordurosos;

• Controlar os níveis de glicose no sangue para gerenciar o diabetes.

Referência Técnica: José Marcio Ribeiro - Cardiologia