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FELÍCIO ROCHO
Um procedimento inovador e minimamente invasivo realizado no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, marca um novo capítulo no tratamento da insuficiência mitral grave. A intervenção utilizou o dispositivo PASCAL, desenvolvido para corrigir o mau funcionamento da válvula mitral por meio de cateterismo — ou seja, sem cortes —, reduzindo significativamente os riscos e acelerando a recuperação do paciente.
A insuficiência mitral, também conhecida como regurgitação mitral, ocorre quando a válvula entre o átrio e o ventrículo esquerdo do coração não se fecha corretamente, permitindo o refluxo do sangue. Essa disfunção compromete a circulação adequada, causa sintomas como cansaço e falta de ar, e, se não tratada, pode evoluir para insuficiência cardíaca.
Tradicionalmente, o tratamento exige cirurgia aberta para troca ou reparo da válvula. No entanto, muitos pacientes — especialmente os mais idosos ou com múltiplas comorbidades — não são candidatos ideais para esse tipo de abordagem. É aí que entra o PASCAL: uma alternativa percutânea, implantada via cateterismo na sala de hemodinâmica, com apoio de imagens avançadas, como o ecocardiograma 3D transesofágico.
"O PASCAL representa uma alternativa segura e eficaz para pacientes que antes não tinham opção. Com ele, conseguimos oferecer tratamento para casos graves de insuficiência mitral com menor risco, menos dor e recuperação mais rápidos. É um avanço significativo para a cardiologia intervencionista em Minas Gerais”, ressalta o cardiologista intervencionista do Hospital Felício Rocho, Dr. Efraim Flam.
A equipe do Felício Rocho passou por treinamentos específicos, com simulações realistas e aulas teóricas, além de contar com a experiência consolidada em terapias estruturais. O procedimento exige integração multidisciplinar desde a seleção do paciente até os cuidados pós-operatórios, envolvendo cardiologistas, hemodinamicistas, anestesistas, ecocardiografistas, enfermeiros e intensivistas.
A recuperação do paciente é significativamente mais rápida: geralmente, 24 a 48 horas em terapia intensiva e alta hospitalar em poucos dias. O impacto na qualidade de vida é imediato, com alívio dos sintomas e menor limitação física para atividades diárias.

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