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NOTÍCIAS

FELÍCIO ROCHO

Câncer de Intestino: É possível evitar ?
30 de março de 2023 Saúde

O câncer de intestino, também conhecido com câncer colorretal abrange tumores que acometem o intestino grosso (o cólon) e o reto. Ele é um dos principais tumores que acometem igualmente homens e mulheres. O câncer de intestino é tratável e, na maioria dos casos, curável, quando detectado precocemente e ainda não se espalhou para outros órgãos.
 

Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem aparecer na parede interna do intestino grosso. Ao longo do tempo, em média de 10 anos, esses pólipos podem crescer e se transformar em câncer. O aparecimento de pólipos e surgimento do câncer aumentam progressivamente com a idade, principalmente após os 50 anos. Se o pólipo é identificado e retirado antes de tornar-se maligno através da colonoscopia o tratamento é minimizado, evitando-se cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Após o advento da prevenção de câncer de intestino, o resultado do tratamento tem melhorado e aumentado as chances de cura.
 

Segundo a estimativa mundial, o câncer de cólon e reto configura-se como o terceiro tipo de câncer mais comum. 1,5 milhão de novos casos/ano (2,5 milhões em 2035) e > 200 mil mortes/ano nos EUA e Europa. Mais da metade dos casos são provenientes de regiões mais desenvolvidas. No Brasil, a estimativa de novos casos em 2020, segundo o INCA foi de 41.010 sendo 20.540 em homens e 20.470 em mulheres.

Câncer de Intestino: É possível evitar ?

O câncer de intestino é traiçoeiro. Assim como outros sérios problemas de saúde, pressão alta e diabetes mellitus, o câncer colorretal é considerado uma doença silenciosa nas fases iniciais. Vários estudos realizados tanto nos Estados Unidos como na Europa têm mostrado que a colonoscopia de rotina com polipectomia (procedimento que remove pólipos) reduz a incidência de câncer colorretal em 75%. Mais de 90% dos tumores inicias são curáveis, porém quando já apresentam sintomas, ou seja, doença avançada possivelmente com metástases, a chance de cura cai para 50%. A história natural dessa neoplasia propicia condições ideais à sua detecção precoce. A pesquisa de sangue oculto nas fezes e os métodos endoscópicos, entre eles a colonoscopia, são considerados meios de detecção precoce, pois são capazes de diagnosticar e remover pólipos adenomatosos colorretais (precursores do câncer de cólon e reto), bem como tumores em estágios bem iniciais. Mesmo em países com maiores recursos, a relação custo-benefício em investimentos para estratégias apropriadas de prevenção e detecção precoce do câncer de cólon e reto tem impossibilitado a implantação de rastreamento populacional. Essas estratégias não têm o objetivo de diagnosticar mais pólipos ou lesões planas, mas sim de diminuir a incidência e a mortalidade por essa neoplasia na população.
 

Os fatores protetores mais importantes são a atividade física e o consumo de alimentos que contêm fibra dietética, ou seja, aqueles de origem vegetal, tais como: frutas, hortaliças (legumes e verduras) e cereais integrais. Por outro lado, são fatores de risco para esse tipo de câncer: carne vermelha, carnes processadas (como mortadelas, presuntos, salsichas, linguiças), bebidas alcoólicas, tabagismo, gordura corporal e abdominal. Outros fatores de risco são a história familiar de câncer colorretal, a predisposição genética ao desenvolvimento de doenças crônicas do intestino e a idade, uma vez que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam com a idade. Apesar disso, a maioria dos cânceres de cólon e reto (cerca de 75%) se dá de forma esporádica, surgindo de mutações genéticas.
 

Os principais sintomas são sangramento nas fezes, alteração do ritmo intestinal com predominância de constipação intestinal, ou seja, prisão de ventre, dor abdominal e emagrecimento súbito. O médico especialista nas doenças do intestino é o coloproctologista.
 

As pessoas que apresentam os sintomas, com sangramento anal, dor abdominal, alteração do hábito intestinal e emagrecimento súbito devem procurar um médico coloproctologista para avaliação, assim como homens e mulheres, assintomáticos, acima de 50 anos.