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FELÍCIO ROCHO
A tireoide é uma glândula com formato de borboleta, localizada no pescoço, e produtora dos hormônios (T3 e T4), que regulam o metabolismo do corpo todo. A glândula começa a ser formada no feto, por volta da oitava semana, e a partir do segundo trimestre, o feto já produz seus hormônios tireoidianos em quantidade suficiente. Caso o bebê não consiga produzir esses hormônios em decorrência de alguma doença, o teste do pezinho, feito entre o terceiro e quinto dia de vida, irá detectar essa alteração.
O hipotireoidismo é a doença tireoidiana mais comum, e sua prevalência na população em geral varia entre 0,3 - 5,3%, podendo chegar a quase 10% de prevalência entre mulheres na faixa etária de 35 a 44 anos, e quase 20% em mulheres após 75 anos. A principal causa do hipotireoidismo é a tireoidite de Hashimoto, uma doença crônica e autoimune em que o organismo vai perdendo a capacidade de produzir T3 e T4.
A diminuição desses hormônios pode causar sintomas como: cansaço; fadiga; raciocínio lento; dificuldade de concentração; sonolência excessiva; humor deprimido ou depressão; aumento da sensação de frio; dores nas articulações; pele seca; queda de cabelo; afinamento das sobrancelhas externas; unhas quebradiças; constipação; retenção de líquido; diminuição de libido; infertilidade; aumento de colesterol LDL e de pressão arterial. Nas mulheres, pode causar irregularidade menstrual, nas crianças, diminuição do ritmo de crescimento e/ou dificuldade de aprendizagem. O diagnóstico de hipotireoidismo deve ser investigado clinicamente, feito através dos exames de dosagens hormonais (TSH, T4 livre), e o tratamento é realizado com medicamento oral, prescrito por um médico, que deve acompanhar o paciente continuamente.
Outra doença que pode acometer a tireoide é o hipertireoidismo, que pode manifestar-se em entre 0,2 - 1,3% da população em regiões deficientes em iodo, como o Brasil. Geralmente é causado por doença autoimune da tireoide (como a doença de Graves, em que o organismo produz anticorpos que estimulam o funcionamento excessivo da tireoide) ou por nódulos autônomos que produzem excessivamente T3 e T4. No hipertireoidismo, o quadro clínico pode ser de cansaço; fadiga; irritabilidade; nervosismo; labilidade de humor; dificuldade de concentração; fome excessiva e perda de peso; intolerância ao calor ou sudorese excessiva; palpitações; ritmo cardíaco acelerado; insônia; diarreia ou intestino solto; queda de cabelo; tremor de extremidades; irregularidade menstrual. O tratamento pode ser com medicamentos orais, cirurgia ou Iodoterapia. Somente o médico deve indicar o melhor tratamento para cada caso, individualmente.
Outro problema comum na tireoide é a presença de nódulos, que pode acontecer mesmo quando a glândula não apresenta alterações de função. Os nódulos tireoidianos podem ser palpados em até 5% da população. É importante avaliar as características do nódulo e do paciente, para definir se o melhor acompanhamento é clínico ou se há indicação de tratamento cirúrgico, o que ocorre na minoria dos casos.
A ultrassonografia é um exame que ajuda na definição do melhor tratamento, assim como a punção do nódulo, quando indicada. A maioria dos nódulos é benigna, mas existe a possibilidade de que eles sejam um câncer de tireoide. O câncer de tireoide é o câncer de cabeça e pescoço mais comum, sendo o quinto mais comum nas mulheres (excluindo o câncer de pele não-melanoma). O tratamento é, geralmente, cirúrgico e em alguns casos pode ser necessária a terapia com Iodo radioativo (Iodoterapia). Esses pacientes devem ser acompanhados por um médico Endocrinologista.
Referência Técnica: Bruna Coelho Galvão Marinho – Endocrinologia e Metabologia
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