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FELÍCIO ROCHO
Hoje, quinta-feira (29), é celebrado o Dia Nacional da Diálise, uma data de extrema importância para conscientização sobre as doenças renais e a relevância do diagnóstico precoce. Definida por meio de Lei, em 2023, o dia é comemorado sempre na última quinta-feira do mês de agosto. A data reforça a importância da conscientização e dos cuidados com a saúde renal, incentivando a prevenção e o diagnóstico precoce para evitar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
O Dia Nacional da Diálise é um momento dedicado a informar sobre doenças renais, que afetam milhões de pessoas no mundo. Segundo estimativa da Organização Internacional World Kidney Day, 10% da população mundial (850 milhões de pessoas) tem alguma doença renal crônica, que se não for tratada, pode ser fatal. No Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) relativos a 2022, o número de pacientes com DRC avançada é crescente e, atualmente, mais de 140 mil pacientes realizam diálise no país.
Hoje, no Hospital Felício Rocho, há mais de 400 pacientes, contando tratamento conservador, hemodiálise, diálise peritoneal e agudos. Uma história de superação é da instrumentadora cirúrgica Juliana Christina Ferreira, que descobriu a doença em julho de 2014. “Desde então, passei oito anos na diálise peritoneal. Em 2021, fiz uma histerectomia e precisei passar para a hemodiálise, onde me adaptei melhor. Retomei meus exames para o transplante e, agora, trabalho e tenho uma vida praticamente normal, com poucas limitações", conta.
A doença renal crônica é silenciosa e, muitas vezes, diagnosticada em estágios avançados, quando as opções de tratamento se limitam à diálise ou ao transplante renal. “É fundamental conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento das doenças de base, como hipertensão e diabetes, que são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença renal crônica”, alerta a nefrologista do Hospital Felício Rocho, Samira Miquelanti Terto.
A vida de um paciente em diálise envolve desafios significativos, que vão desde a necessidade de mudanças drásticas no estilo de vida, com restrições alimentares e hídricas, até o impacto emocional e psicológico. “O acompanhamento psicológico é crucial para ajudar o paciente a encarar o tratamento de forma positiva, como uma continuidade da vida, e não como um fim”, afirma a médica.
Nos últimos anos, houve avanços importantes no tratamento da doença renal crônica, incluindo novos medicamentos que ajudam a reduzir a progressão da doença em estágios conservadores. No campo da diálise, inovações como a hemodiafiltração, a hemodiálise noturna e a diálise peritoneal automatizada têm melhorado a qualidade de vida dos pacientes.
A pandemia trouxe desafios adicionais para os pacientes em diálise, que tiveram que lidar com o isolamento social. “A convivência e a amizade entre os pacientes fazem muita diferença para tornar o ambiente das sessões de diálise mais leve. A necessidade de distanciamento durante a pandemia impactou negativamente o bem-estar emocional de muitos pacientes”, destaca a nefrologista.
A prevenção das doenças renais passa pela adoção de hábitos saudáveis, como manter uma dieta equilibrada, praticar atividades físicas e evitar o uso de medicamentos sem orientação médica. A alimentação desempenha um papel crucial na progressão da doença renal, e o acompanhamento nutricional é essencial. Além disso, a prática regular de exercícios físicos traz inúmeros benefícios para os pacientes em diálise, ajudando a reduzir a perda de massa muscular, melhorar o humor e a autoestima.
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