A Fundação
O nome da Fundação é também o nome de seu idealizador, o empresário italiano Nicola Felice Rosso. O imigrante, então com 70 anos, havia acumulado fortuna e não tinha herdeiros. Decidido a doar mil contos de réis à Santa Casa, Rosso foi convencido pelo amigo, advogado e testamenteiro Américo Gasparini a construir um hospital para cuidar de pessoas carentes.
A ideia de Gasparini foi aprovada e, a partir de então, contou com o apoio de Américo René Gianetti, Anielo Anastasia, Antônio Falci, Arthur Savassi, Braz Pelegrino, Enne Ciro Poni e Vicente Longo para ser concretizada.
Em 24 de março de 1937, Felício Rocho – nome já abrasileirado – assinou a escritura pública que instituía a Fundação Felice Rosso. Em seguida à assinatura da escritura, o grupo de apoiadores da Fundação conseguiu a doação de um terreno de 10 mil metros quadrados no Barro Preto, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Assim, no dia 9 de maio de 1937, foi depositada a pedra fundamental, marcando o início da construção, cujo projeto da planta foi assinado pelo arquiteto Rafaello Berti. Felício Rocho faleceu um mês antes da aprovação da planta do que se tornaria o Hospital. Diante disso, Américo Gasparini assumiu os trabalhos da Fundação e da construção do prédio. O Hospital Felício Rocho foi inaugurado em 21 de junho de 1952.
A Fundação Felice Rosso está sempre atenta às tendências e às necessidades de avanço na área da saúde. Com vocação para ensino e pesquisa, foi inaugurado, em 2015, o Núcleo de Ciências da Saúde Felício Rocho, que se tornou outro pilar da Fundação, responsável pelas áreas de Ensino, Estudo e Pesquisa.
Missão
Visão
Valores
A partir da determinação e das ações harmoniosas de dois homens, é possível compreender-se a evolução desse sonho até a sua realização...
• Conquista da acreditação internacional QMentum Diamond.
• CTIs Geral e Cardiovascular recebem premiação com selos em qualidade e eficiência.
•Implementação do Protocolo AVC (parceira Angels).
•Inauguração do Ambulatório de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
•Inauguração da Clínica de Oftalmologia (parceira Oftamocare).
•Primeira cirurgia com robô Da Vinci X.
•Primeira Cirurgia de Substituição de Talus no país.
•Recertificação da acreditação ONA - nível 3.
•Reconhecido como uns dos melhores hospitais do mundo (World's Best Hospital 2023), pela revista americana NewsWeek.
• Inauguração do Instituto da Mulher | Urologia Avançada.
• Inauguração do Núcleo de Medicina Cardiorrespiratória.
• Inauguração do Serviço de Hiperbárica.
• Inauguração do Serviço de PET-CT.
• Procedimentos inéditos em cirurgia robótica: 1) Artroplastia total de joelho (ATJ) com o robô ROSA Knee System 2) Enucleação Endoscópica da Próstata com Laser Helmium (HoLEP), para tratamento de hiperplasia benigna da próstata.
• Inserção no Programa de Acreditação QMentum International.
• Reconhecimento da Instituição no World's Best Hospital 2021, como um dos melhores hospitais do país, pela revista americana NewsWeek.
• Realização da 1ª edição do Prêmio HFR de Incentivo à Produção Científica.
• Marco de 1.500 cirurgias robóticas realizadas no Hospital Felício Rocho. Inauguração do Centro de Imunização.
•Inauguração do Centro de Alergia e Imunologia em parceria com o Grupo Oncoclínicas.
• Lançamento do Centro de Treinamento em Microcirurgia e do Serviço de Atendimento Personalizado (SAP).
• Criação do Pronto Atendimento, internação e CTI Covid-19.
• Marco de 800 cirurgias robóticas realizadas pelo Hospital.
• Inauguração do Serviço de Medicina Nuclear e da Unidade de Transplantes, na Av. Andradas, em Belo Horizonte.
• Indicação do Hospital, pelo Ministério da Saúde, como um dos centros de referência para tratamento de casos de hepatite fulminante.
• Inauguração do laboratório próprio de Anatomia Patológica.
Início do programa de cirurgia robótica desenvolvido em parceria com a Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma).
Inauguração do Núcleo de Ciências da Saúde.
Inauguração do Instituto Felício Rocho de Oncologia.
Conquista da acreditação internacional da NIAHO.
Criação do Centro de Radiocirurgia e Radioterapia Estereotáxica. Recebimento da certificação ISO 9001:2008.
Classificação como Hospital Excelência em Saúde pela ONA.
Criação do CTI Cardiológico e recebimento da certificação de Hospital Acreditado Pleno pela ONA.
Criação do Núcleo de Tratamento Avançado da Epilepsia.
Reinauguração do CTI Pediátrico, desativado em 1991, em parceria com a Neocenter.
• Realização, em 27 de abril, do primeiro transplante de coração em Minas Gerais e do primeiro em uma mulher, no Brasil.
• Inauguração da Unidade de Tratamento Intensivo Infantil.
Inauguração da Hemodinâmica.
Implementação do Centro de Terapia Intensiva.
Inauguração do Serviço Unificado de Cirurgia Torácica e Cardiovascular.
Reestruturação do corpo clínico, que passou a contar com profissionais de todas as especialidades médicas. Inspirada no modelo de instituições americanas de saúde, a iniciativa foi pioneira em Minas Gerais.
Assinatura de contratos com a Previdência Social e com as Companhias de Seguros para custeamento do tratamento de indigentes.
Inauguração do Hospital, em 21 de junho.
Início das obras do Hospital Felício Rocho.
Doação de bens para a criação da Fundação Felice Rosso, pelo empresário Nicola Felice Rosso, em 24 de março.
A partir da determinação e das ações harmoniosas de dois homens, é possível compreender a evolução desse sonho até a sua realização.
A história gravada na memória e nos registros da Instituição relata que, em 24 de março de 1937, Felice Rosso recebeu em sua sala, no Hotel Avenida, Ferreira de Carvalho, tabelião do Cartório Oficial de Pessoas Jurídicas de Belo Horizonte. Na presença de Américo Gasparini, Dona Mariazinha, cônsul Tulio Grazziolli, cônsul honorário Conde Belli di Sardes, Dr. Braz Pellegrino, Antônio Falci, Rafael Gagliardi, Arthur Savassi, Dr. Paulo Diniz Carneiro e José Nunes Pereira, assinou a escritura de doação de parte de seus bens para a Fundação Ítalo-Brasileira Felice Rosso, com o desejo de criar serviços hospitalares para os necessitados e desamparados.
O evento teve significativa repercussão social e foi amplamente divulgado nos jornais. Anotações da época revelam que, desde fevereiro de 1937, Gasparini e seus amigos "interessados na organização da Fundação Ítalo-Brasileira Felice Rosso" se reuniam em sua casa na Av. Tocantins, 273, ou na Casa d’Itália, na Rua dos Tamoios, 341, tomando as primeiras decisões para cumprir a vontade do amigo. Esse grupo inicial incluía o Cônsul da Itália, Tullio Grazziolli, os médicos Braz Pellegrino e Paulo Diniz Carneiro, médico do Instituto Ezequiel Dias, e o próprio Gasparini, trabalhando informalmente, pois a escritura de doação determinava que "em vida do instituidor, será ele o administrador da Fundação, podendo nomear auxiliares que julgar necessários".
Essas primeiras decisões envolviam inúmeras tarefas, como elaborar cuidadosamente o anteprojeto do Hospital, escolher os mais conceituados profissionais para fazê-lo. A comissão responsável por essa tarefa era composta por Braz Pellegrino, médico, Raffaello Berti, arquiteto, e Lincoln Continentino, engenheiro sanitarista. O engenheiro de estruturas, Alfredo Carneiro Santiago, também foi consultado. Além disso, a comissão desenvolveu gestões junto aos órgãos públicos para obter um terreno para o Hospital, administrar os bens deixados por Felício Rocho para garantir a manutenção da Fundação, escolher profissionais competentes, abrir concorrência entre fornecedores e acompanhar a obra durante a construção. Convidar os mais conceituados profissionais da saúde para operar um hospital de alto nível também estava entre as responsabilidades.
O entusiasmo de todos parecia antecipar o reconhecimento da importância do Hospital, mesmo fora de Belo Horizonte. Em uma das reuniões desse grupo, Ferruccio Fazzi, correspondente consular na cidade de Muzambinho, Sul de Minas, entregou à Fundação a quantia de 167$200 (cento e sessenta e sete mil e duzentos réis), arrecadados junto à comunidade daquela cidade.
Após o falecimento de Felice Rosso em setembro de 1937, Gasparini deu seguimento às determinações do Estatuto e constituiu os grupos que administrariam a Fundação. A história desses grupos está registrada nos anais da Fundação, nunca sendo demasiado relembrar a sua evolução até a atualidade, reverenciando os que passaram e admirando aqueles que continuam o trabalho, pois trata-se de uma obra criada para permanecer.
